sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tal qual uma escritora profissional

Lendo uma entrevista no Jornal Rascunho com a escritora Carol Bensimon, por um momento me imaginei em seu lugar respondendo tais questões, sempre repetidas aos escritores importantes. O que tanto queremos saber sobre o mundo dessas pessoas que conseguem nos prender por páginas e mais páginas de seus livros, escritos e corrigidos cuidadosamente, recheados de histórias de todos os tipos. Tudo, tudo ali naquelas perguntas tão pessoais.

Hoje escrevo de maneira amadora, quem sabe um dia ganho o título de escritora.

Abaixo seguem as perguntas e as minhas supostas respostas, caso elas fossem feitas agora:

 • Quando se deu conta de que queria ser escritora? Desde menina já escrevia num caderno, como se eu pudesse guardar todas as minhas memórias em palavras. 
• Quais são suas manias e obsessões literárias? Trabalho com o dicionário aberto, gosto de sinônimos, descobrir palavras que não utilizo usualmente. Gosto de ler outros enquanto crio, para depois escrever. A inspiração é algo que vem de fora.
• Que leitura é imprescindível no seu dia-a-dia?Crônicas. Todas.
• Quais são as circunstâncias ideais para escrever?Primeiro eu preciso de uma boa xícara de café, silêncio, ventilador (o barulho dele ajuda). Depois eu preciso de concentração, uma boa música ajuda e pensar em alguém também.
• Quais são as circunstâncias ideais de leitura? Início de tarde ou antes de dormir. Na cama ou no sofá e ouvindo músicas da minha playlist ou em silêncio total.
• O que lhe dá mais prazer no processo de escrita? Quando começo a ler o texto escrito e encontro boas frases, boas idéias, personagens e cenas que me façam rir ou sentir o que acontece. Quando consigo escrever algo que realmente possa vir a envolver outras pessoas, essa possibilidade me deixa bem feliz.
• Qual o maior inimigo de um escritor? O perigo da repetição.
 O que mais lhe incomoda no meio literário? Aqueles que se acham os melhores e incorrigíveis.
 Um autor em quem se deveria prestar mais atenção. Lucas Simões. Gosto do estilo de escrita dele e do Gabito Nunes também. São enfáticos nas relações e nos sentimentos humanos, falam do cotidiano e do amor com uma linguagem contemporânea, utilizando-se das redes sociais.
 Um livro imprescindível e um descartável. O imprescindível: Feliz Por Nada, de Martha Medeiros. O descartável: Não sei, acredito que mesmo que o livro seja ruim, você não pode descartá-lo. No mínimo você aprende como não fazer..
 Que defeito é capaz de destruir ou comprometer um livro? Se ele é repetitivo. Se volta e meia as coisas estão iguais. É preciso criatividade para manter o leitor enredado à trama, porque é a curiosidade que o mantém ávido pela história.
• Que assunto nunca entraria em sua literatura? Violência de qualquer tipo.
• Qual foi o canto mais inusitado de onde tirou inspiração? Certo dia vi uma reportagem sobre um casal que resolveu sair pelo mundo tirando fotos de seus pés por todos os lugares que conhecessem. Nesse meio tempo das viagens nasceu um filho, fruto desse relacionamento e que também passou a aparecer nas fotos. Acho que essa foi a inspiração mais inusitada que já tive, das fotos dos pés dessas pessoas em lugares diferentes pelo mundo, essa idéia criativa deles.
• Quando a inspiração não vem…Vou assistir filme ou conversar com alguém.
• O que é um bom leitor? Alguém que sempre volta.
• O que lhe dá medo? De não conseguir transmitir o que eu queria. Quando me entendem de maneira equivocada.
• O que lhe faz feliz? Quando tô inspirada. As palavras são a minha paixão.
• Qual dúvida ou certeza guia seu trabalho? Eu acredito no amor .
• Qual a sua maior preocupação ao escrever? Em não citar nomes de pessoas do meu convívio. Elas também me servem de inspiração, mas me dou o direito de reservar essa parte. O real e o fictício se misturam o tempo todo.
 Qual o limite da ficção? Os valores de vida de quem escreve.
• O que lhe dá força para escrever? Saber que o que escrevo pode deixar alguém bem feliz.
• Se um ET aparecesse na sua frente e pedisse “leve-me ao seu líder”, a quem você o levaria? Não sei se conseguiria deixar ele terminar a frase não. Correria antes disso.
• O que você espera da eternidade? Pessoas melhores. Há esperança ainda.

*

P.S.: BLOG DE CONTEÚDO FICTÍCIO. QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.

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