sábado, 14 de abril de 2012

Fora do comum

Fiquei quieta demais até que você pudesse me esquecer, até que eu pudesse me esquecer e te esquecer depois, mas volta e meia você volta com todo o carinho dizendo que sente saudades de nós dois. Somos dois adultos, que não se contentam com o resultado da probabilidade de que tudo dê errado e insistimos para que tudo dê certo, enquanto eu ganho algum tempo amando você e você a mim. 

Esqueçamos nós dois, um ao outro e a si mesmos, talvez o amor não seja pra nós, ou por nós. 

Sejamos sensatos como todo mundo, encontremos alguém compatível e fisicamente próximo, optemos por alguém mais óbvio. Pra quê fugir à regra, pra quê ser exceção, pra quê ter você, essa surpresa toda, todo dia, posso muito bem sobreviver sem o presente diário da sua presença - É, talvez eu esteja querendo ser irônica e essa inverdade não me cabe muito bem quando representa a minha vontade de te deixar ir, porque não é bem isso que a minha vontade quer dizer.


 E eu quase te esqueço todo dia. Quase. É que você sempre volta com a sensação de novidade, e revigora meu dia, minha noite, meu sono e minha paz, me fazendo desistir da ideia de deixar você se perder pra sempre nesse mundo óbvio que eu disse há pouco.

...

Esse mundo existe, de fato, mas é que eu adoro ser exceção com você. Esquece tudo o que eu disse. Fica pra gente ser feliz assim, fora do comum."

2 comentários:

  1. Adorei o texto claudinhaaa, tá lindo, meeesmo!
    Me lembrou tanto de um livro da Martha Medeiros que li um tempo atrás que se chama, fora de mim.
    Obrigado pela visita e pelos comentários queridona, valeu mesmo!
    Beijo Gigante.

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    Respostas
    1. Obrigada, Nato. Aguardo sempre vc por aqui.

      Bem.. eu li há pouco menos de um mês um livro de Martha Medeiros: "Feliz por nada". rsrsrs Possa ser que eu ainda traga as idéias dele na mente. rsrs Bjs querido.
      Att

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