Até aquela tarde acho que ninguém já havia me olhado com tanto desejo. Me agarrou sem muita força, mas fiquei praticamente imóvel naquele abraço. Tua boca contornando a linha do meu pescoço, seguindo o ombro direito, descendo pelo braço até finalmente chegar a minha mão, em seguida fez o caminho inverso e eu ainda imóvel, rendida, sem a menor preocupação em ser libertada, sem a menor culpa.
Eu pedia baixo e repetidamente para que parasse, mas tudo o que eu falava, soaria com o sentido oposto a minha verdadeira intenção em continuar. Você tão charmoso e envolvente, meu ímã, meu ponto fraco, segui sem resistências.
Cena seguinte, sua mão esquerda, agora acompanha a minha nuca. Você chegou bem perto, senti sua respiração, pensei que fosse me beijar, apenas se fez, guardou pra depois. Ali não era o lugar.
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