domingo, 9 de dezembro de 2012

Escolha


Dizem que a gente pode escolher a vida que quer ter. Não sei muito disso então escolhi você, liguei seu número e ouvi um “eu já tenho alguém”, escolha errada. Segui em frente e aqui estamos nós dois novamente, com suas escolhas falidas na bagagem e nossos caminhos cruzados pelo destino de novo – ou seria ainda?. 


Não pude tê-lo antes, mas posso tê-lo agora? Bem, independente da sua resposta, é isso o que todas as terminações nervosas do meu corpo pressupõem. Você sorri, parece ter esquecido a história do telefonema de alguns meses atrás, mas diz agora que eu posso ligar se eu quiser, que está sozinho e não esqueceu minha voz ou sei lá mais o que, não reparei direito na conversa depois do “pode me ligar se quiser”. 


Pensei em todas as voltas que dei nesse mundo até conseguir esquecer esse sorriso que você tem, o que não deu muito certo e me fez voltar, mas sem esperança demais, ainda bem que nunca acerto as previsões. Faço escolhas no café da manhã, faço escolhas no bar, sobre o que beber, faço escolhas o tempo todo e mesmo quando não quero fazer também estou fazendo uma. Então suponho que a gente se escolheu em algum momento da vida e no final tudo pode dar certo, se o certo é o que a gente quer depois de uma demora, de um erro e outro.


Concordo, a gente pode escolher a vida que quer ter, só não podemos saber quanto tempo tudo pode demorar pra acontecer.



_Eu te ligo.

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