Uma noite dessas a gente se ajeita no meu sofá-cama-vermelho-de-camurça, assiste aquele filme de comédia romântica que você prometeu me levar pra assistir no cinema, mas que me fez esperar até que o filme saísse em dvd, e eu aceitei é claro, porque tua companhia é boa em qualquer lugar, inclusive na minha sala de estar.
Prometo que vou te deixar ficar depois do filme, porque, ele vai terminar tarde mesmo, e essa rua é perigosa. Fica até de manhã, a gente comenta sobre o filme, ou simplesmente a gente não fala, e trocamos uns olhares, sorrimos por nada e pegamos no sono depois disso tudo.
É que toda essa coisa simples de ficar de mãos dadas com você até pegar no sono é meu sonho, desde o dia em que eu te vi pela primeira vez, ajeitando o chapéu e sorrindo distraído, enquanto conversava com um desconhecido amigo seu, e depois percebi que aquele chapéu era tua marca registrada, teu sorriso, jeito de andar e a barba por fazer já faziam parte do teu charme irreflexivo.
Não tô pedindo muito, só quero que fique um pouco mais do que o normal, só tô dizendo que não precisa sair correndo quando o relógio badalar as 11 horas da noite, fica mais um pouco, depois do filme, no meu sofá-cama-vermelho-de-camurça, fica perto, tira o chapéu, fica a vontade, sorri, distrai e fica.
Fica dentro de mim.
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