quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Homenagem ao meu amigo Português.

ALÉM DO OCEANO QUE HÁ

Somos desconhecidos unidos pelas palavras, apesar do oceano que há entre nós, apesar de todas as nossas diferenças ainda assim encontramos um elo: as palavras. Leio as suas opiniões atentamente e sei que também lê as minhas, mesmo que sejam divagações e poemas, levamos tudo a sério e depois rimos de tudo.

Escrevemos sobre a vida, sobre o amor e sobre o que ele já nos fez sentir, sobre os nossos sonhos e daí somos personagens, saídos de nossas cabeças e de nossos corações quando e como nos convém. Confundimos por muitas vezes vontade com poesia e sonho, idealizamos e somos idealizados por mérito da perfeição - “podemos ser quem quisermos” alguém disse, “só você pode ser quem quiser, porque você é infinita”, o outro discorda.

No final somos poemas, palavras colocadas nos devidos vazios e que nos preenchem fazendo sentido agora. Fazem-nos florescer e nos coloca diante do espelho, às vezes nos provocando o efeito contrário e deixando mais espaços em branco, mas, ainda assim nos fazendo voltar.

Temos as palavras ainda por uma vida inteira e teremos um ao outro, amigo, enquanto todas elas puderem nos unir, além do oceano que há.


P.S.: Esse texto foi escrito 21 de dezembro de 2011, em homenagem a uma pessoa querida, um amigo. Não se faz necessário que eu diga seu nome, ele sabe quem é. E quando ler terá a certeza de que não o esqueci porque amigo não se esquece, se guarda no coração. E que esteja bem onde estiver. Um abraço. Att.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode entrar na conversa...