quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Amigos em comum

Encontramo-nos por mero acaso. Nossos amigos em comum que não se viam há tempos e nós dois ali, igualmente desconhecidos e desconectados da conversa alheia. De repente vi-me sentada ao teu lado, com uma Coca-cola na mão, sorrindo enquanto você me contava suas histórias de motocicleta, viagens e música. Canta, compõe, toca todos os instrumentos musicais que eu conheço, já foi a Machu Picchu, índia e já viajou pelo Brasil inteiro, fala inglês e espanhol, não tem ninguém no momento e é mais velho que eu enquanto eu contava sobre as minhas aulas da faculdade, meus textos, meus amigos, minhas poucas e curtas viagens, minha vontade de aprender italiano e que ainda acredito em amor. E no meio disso tudo, encontramos assuntos em comum além dos nossos dois amigos.


Ele também ainda acredita no amor e ouve John Mayer, Michael Bublé e Beatles assim como eu, adora o som do violão mais do que da guitarra assim como eu, roupas pretas, o mar, velocidade, vento no rosto, liberdade, noite, lua cheia, pés descalços, livros, filme de ação acompanhado de pipoca, carinhos no sofá... E no fim rolou um beijo. Tantas outras coisas e descobri que apesar das diferenças poderíamos ser iguais em muitos momentos. Uma conversa mais descontraída na minha sala em frente à TV, descobrindo seus gostos, seus gestos e em mente agradecendo a minha amiga por ter me levado até onde você estava aquele dia – depois eu ligo pra ela e agradeço novamente. Agora levanta, entende que já é tarde demais e devemos guardar algo pra depois. O filme acabou e sua moto prata lhe espera lá fora. Até logo, meu bem. Não precisaremos mais do acaso pra nos (re)encontrar.
E... agradece a teu amigo também.

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